Setor de transporte é responsável por 22% das emissões globais de CO2, segundo a IEA
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Setor de transporte é responsável por 22% das emissões globais de CO2, segundo a IEA

A frota de  veículos no Brasil alcançou a marca de 121 milhões de unidades, segundo dados recentes da Secretaria Nacional de Trânsito. Esse número tem impulsionado uma transformação constante no setor de transportes, especialmente nos últimos anos, com a adoção de  novas tecnologias voltadas para operações mais eficientes e sustentáveis .

As empresas do setor estão repensando suas estratégias de gestão de frotas, com foco em três pilares fundamentais: sustentabilidade, eficiência e segurança. Esse movimento reflete não apenas uma tendência de mercado, mas uma necessidade diante dos desafios ambientais e econômicos enfrentados pelo setor.

Victor Cavalcanti, CEO da Infleet, startup baiana desenvolvedora de soluções para frotas, destaca que a gestão moderna está cada vez mais alinhada com a inovação tecnológica e o compromisso ambiental. "A combinação desses fatores é essencial para garantir eficiência e sustentabilidade nas operações", afirma o especialista.

Investimentos em práticas sustentáveis

As práticas sustentáveis, como a compensação de carbono e iniciativas para reduzir as emissões de gases poluentes, devem ganhar ainda mais força nos próximos anos. Segundo Cavalcanti, as empresas que investem nessas soluções não estão apenas atendendo à legislação, mas se preparando para um futuro mais equilibrado.

O movimento em direção à sustentabilidade tem ultrapassado as operações diárias e se integrado às estratégias de longo prazo das empresas. "Estamos vendo um movimento crescente de empresas que buscam criar um modelo de negócios totalmente circular, onde recursos são reutilizados e a emissão de resíduos é reduzida ao máximo", explica o CEO.

Victor Cavalcanti, CEO da Infleet
Divulgação
Victor Cavalcanti, CEO da Infleet

Os consumidores também têm papel fundamental nessa transformação, mantendo-se exigentes e na expectativa de encontrar marcas que compartilhem seus valores, especialmente quanto à responsabilidade social e ambiental. Para Cavalcanti, "adotar práticas sustentáveis não é mais uma opção, mas uma necessidade para manter a competitividade no mercado".

Tecnologia como aliada da sustentabilidade

A evolução tecnológica tem sido acelerada no setor de transportes, com soluções cada vez mais completas, interativas e intuitivas. Plataformas sofisticadas permitem otimizar processos e melhorar a eficiência operacional, contribuindo diretamente para a redução das emissões de poluentes.

Ferramentas como câmeras veiculares têm se mostrado essenciais para monitorar não apenas as condições dos veículos, mas também o comportamento dos motoristas. Elas identificam práticas de direção que aumentam o consumo de combustível e aceleram o desgaste dos veículos, impactando diretamente na pegada ambiental das frotas. Essa abordagem facilita o cumprimento das metas ambientais das empresas, contribuindo para operações mais limpas.

Para 2025, a integração de dados será determinante para a evolução do setor. A análise de grandes volumes de informações permitirá decisões mais assertivas, otimizando a eficiência operacional, reduzindo custos e garantindo maior segurança nas estradas, com impacto direto na redução de emissões.

Segurança e telemetria reduzem impacto ambiental

A segurança nas estradas tem sido prioridade crescente no setor de transporte e possui relação direta com a sustentabilidade. A telemetria permite monitorar em tempo real o comportamento dos motoristas, identificando práticas como excesso de velocidade e frenagens bruscas, que aumentam o consumo de combustível e as emissões.

Além de aumentar a segurança, a telemetria oferece dados valiosos sobre o comportamento dos condutores, que podem ser utilizados para promover melhorias no treinamento e na conscientização. Isso resulta em uma condução mais eficiente e menos poluente, alinhada com os objetivos de sustentabilidade das empresas.

"Com a telemetria, as empresas podem monitorar a segurança dos motoristas em tempo real, garantindo não apenas a eficiência operacional, mas também a proteção dos profissionais nas estradas", afirma o CEO da Infleet. Essa integração entre tecnologia e segurança reflete a responsabilidade social que as empresas do setor devem adotar.

Humanização como fator de eficiência

Em 2025, uma das principais tendências para a gestão de frotas será a humanização no trato com os motoristas. O foco na qualidade do ambiente de trabalho, incluindo a gestão do tempo ao volante e a saúde ocupacional, contribui para operações mais eficientes e menos poluentes.

O monitoramento do tempo de direção, além de atender à legislação brasileira, como a Lei 13.103/2015, que limita o tempo ininterrupto ao volante a 5 horas e meia, também contribui para reduzir o consumo de combustível e as emissões, uma vez que motoristas descansados tendem a dirigir de forma mais eficiente.

"A humanização do trabalho e o monitoramento inteligente das jornadas irão criar um ciclo contínuo de melhorias, tanto para a qualidade de vida dos motoristas quanto para a eficiência das operações", conclui Cavalcanti.

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